Dezembro de 2006
Hoje li, de cabo a rabo, As Pequenas Memórias.
Quando me dei conta que estava quase no fim apoderou-se de mim uma angústia que não pode ainda ser minha, mas que pode ser a de alguém que já leu todos os seus livros.
E agora? Quando o próximo?
Conheci a obra de José Saramago quando publicou A Caverna. Não acho que tenha sido tarde. Foi na altura certa. Anos antes tinha adquirido O Evangelho Segundo Jesus Cristo que não li, e por altura de umas publicações que saíam aos pares calhou-me o Memorial do Convento.
Entretanto dediquei-me avulsamente aos seus livros e de cada vez que o faço me deslumbro mais. Agora de posse do seu último livro, Saramago não só me deixou levar pela criança que fui, como me fez viajar no tempo da minha infância e me fez sorrir por inúmeras vezes.
Uma das vezes, foi um duplo sorriso porque a minha filha encostou-se a mim e perguntou-me o que era que ali estava escrito e eu li-lhe Saramago em voz alta e ela ali esteve, atenta até achar que era a vez dela ir buscar os seus livros para mos ler a mim.
Não sabe ela ainda que tem o Levantado do Chão autografado para ela, pelo Prémio Nobel, quando eu ainda a trazia na barriga.
E cheguei ao fim do livro. A minha ansiedade foi-se, parcialmente, só porque tenho ainda para ler muitos dos seus livros. Se já os tivesse lido, restava-me a circunstância de os voltar a ler. É o que aconselho. Caso alguém padeça da mesma angústia que eu.
domingo, 20 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
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